O uso da tecnologia na saúde está transformando o modo como profissionais e instituições da área tratam, monitoram e diagnosticam pacientes. Esse avanço está impulsionando o crescimento das healthtechs no Brasil, tornando-as uma das áreas mais inovadoras e promissoras da economia nacional.
As healthtechs são startups ou empresas de tecnologia focadas em desenvolver soluções para o setor de saúde. Elas combinam avanços tecnológicos, para criar ferramentas que atendam diversas demandas da área.
Esse cenário é moldado tanto pelas exigências de um sistema de saúde cada vez mais sobrecarregado, quanto pelo comportamento de um consumidor que busca soluções de saúde rápidas, eficazes e seguras.
Continue a leitura para saber mais sobre as healthtechs no Brasil e as principais tendências para o setor.
Cenário atual das healthtechs no Brasil
O Brasil destaca-se como o maior hub de healthtechs na América Latina, concentrando 61,7% de todas as startups do setor na região, segundo o relatório da Distrito. Esse crescimento reflete a forte demanda por inovação na saúde.
De acordo com a Liga Ventures, 54% das healthtechs brasileiras têm como público-alvo empresas (B2B). Elas oferecem soluções tecnológicas para otimizar processos internos e melhorar o atendimento médico, o que fortalece o ecossistema de saúde.
As tecnologias já amplamente utilizadas pelas healthtechs no Brasil incluem inteligência artificial, Big Data, e telemedicina, todas focadas em tornar o atendimento mais eficiente e acessível.
Essa combinação de avanços tecnológicos e foco em soluções B2B coloca o Brasil em uma posição de destaque no desenvolvimento de tecnologias de saúde, atraindo investidores e fomentando parcerias com grandes empresas do setor.
8 tendências para healthtechs
1. Inteligência Artificial
A Inteligência Artificial (IA) está revolucionando o setor de saúde, especialmente em diagnósticos e análises de dados médicos complexos. Essas tecnologias trazem maior precisão e rapidez nos resultados clínicos.
Hoje em dia, chatbots movidos por IA estão mais sofisticados, já que oferecem orientações médicas preliminares e diminuem a pressão sobre os profissionais de saúde. Assim, o atendimento inicial é facilitado.
Além disso, algoritmos de IA serão essenciais para analisar grandes volumes de dados, identificando padrões que levam a tratamentos mais personalizados.
A IA também será utilizada para prever desfechos de doenças, auxiliando médicos a tomar decisões que melhoram a gestão dos pacientes e seus tratamentos.
2. Internet das Coisas Médicas (IoMT)
A Internet das Coisas Médicas (IoMT, do inglês Internet of Medical Things) é a aplicação da Internet das Coisas (IoT) no setor de saúde. Ela pode ser resumida como uma rede de dispositivos médicos e aplicativos que estão interconectados e podem coletar, transmitir e analisar dados de pacientes em tempo real.
Os dispositivos incluem desde wearables, como monitores de frequência cardíaca e sensores de glicose, até equipamentos mais complexos, como bombas de insulina e marcapassos conectados.
A IoMT facilita o monitoramento remoto dos pacientes, permitindo que médicos acompanhem o estado de saúde sem a necessidade de visitas constantes ao hospital. Os dados gerados pelos dispositivos IoMT também podem ser analisados por algoritmos de inteligência artificial para detectar padrões e prever crises de saúde antes que elas ocorram.
Esse recurso tem ainda um grande impacto na eficiência hospitalar, auxiliando na gestão de recursos, como leitos e equipamentos, e melhorando o gerenciamento de medicamentos e suprimentos, graças ao rastreamento inteligente.
3. Medicina personalizada
A medicina personalizada está se tornando o novo padrão de tratamento, e visa oferecer tratamentos ajustados às necessidades e características individuais de cada paciente.
Essa abordagem utiliza informações detalhadas, como dados genéticos, históricos médicos e até mesmo hábitos de vida, para definir tratamentos mais eficazes e com menos efeitos colaterais. Diferente dos tratamentos convencionais, que seguem uma abordagem “tamanho único”, a medicina personalizada se baseia no conceito de que cada paciente responde de maneira singular a medicamentos e terapias.
Um dos maiores avanços na medicina personalizada é a utilização da análise genética, que permite identificar predisposições a certas doenças e como o paciente pode responder a determinados tratamentos.
Isso é importante em áreas como a oncologia, onde terapias podem ser desenvolvidas de acordo com o perfil molecular da doença, aumentando as chances de sucesso e reduzindo tratamentos desnecessários.
4. Cibersegurança
À medida que mais dados médicos são digitalizados, a cibersegurança tornou-se uma prioridade para as healthtechs.
Segundo um levantamento da Kaspersky, só em 2024, foram bloqueados mais de 800 ataques de ransomware diariamente, sendo o setor de saúde o terceiro mais atingido, com 6,5 mil tentativas. Esse cenário é uma mudança significativa em relação a 2023, quando o setor ocupava a sétima posição, saltando para o terceiro lugar agora, o que reflete o crescente foco dos cibercriminosos na saúde.
Com o aumento no número de ataques cibernéticos a hospitais e clínicas, proteger informações sensíveis de pacientes e garantir a conformidade com regulamentações, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), é fundamental. Para reduzir esses incidentes, é necessário investir em compliance, ter barreiras robustas de cibersegurança e treinar equipes sobre riscos potenciais.
5. Monitoramento Remoto de Pacientes (RPM)
O monitoramento remoto de pacientes (RPM) é uma tecnologia que possibilita a coleta e o acompanhamento de dados de saúde de pacientes fora de um ambiente hospitalar tradicional, como em suas casas ou em qualquer local remoto.
Impulsionada principalmente durante a pandemia de COVID-19, essa tecnologia facilita consultas e tratamentos à distância por meio de dispositivos conectados, como smartwatches e rastreadores de atividades, que monitoram sinais vitais como frequência cardíaca e pressão arterial em tempo real.
Espera-se que o mercado global de sistemas de monitoramento remoto de pacientes registre uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 8,54% entre 2024 e 2029, conforme apontado por um relatório da Mordor Intelligence.
6. Robotic Process Automation (RPA)
Robotic Process Automation (RPA) é uma tecnologia que automatiza tarefas repetitivas e baseadas em regras, geralmente realizadas manualmente, utilizando robôs de software.
No setor de saúde, a RPA tem ganhado destaque por sua capacidade de aumentar a eficiência operacional, reduzir erros e liberar os profissionais de saúde de tarefas administrativas, fazendo com que eles foquem no atendimento ao paciente.
Entre as principais aplicações do RPA no setor de saúde estão o agendamento de consultas, o processamento de faturas, a gestão de prontuários eletrônicos e a gestão de estoques de medicamentos e insumos médicos. Esses processos, quando automatizados, aumentam a produtividade e garantem maior precisão, reduzindo o risco de falhas humanas.
O RPA também é benéfico na conformidade regulatória, automatizando a coleta, o armazenamento e a análise de dados, para que as healthtechs e instituições de saúde estejam sempre em conformidade com regulamentações. Além disso, a automação facilita a integração de diferentes sistemas de TI, eliminando silos de informação e otimizando a comunicação entre departamentos.
7. Migração para a nuvem
Atualmente, a nuvem é uma das tecnologias mais utilizadas no mercado, independente do setor. No caso de empresas de saúde, a migração para a nuvem é imprescindível, já que, permanecer em um ambiente que não está na nuvem, pode resultar em vários problemas, como:
- Limitações de escalabilidade;
- Altos custos com infraestrutura;
- Menor flexibilidade para acessar dados remotamente;
- Riscos de segurança mais elevados devido à falta de sistemas avançados de proteção.
Um outro fator importante é que empresas que ainda não estão na nuvem enfrentam desafios na recuperação de desastres e falhas em garantir backups. A falta de migração também dificulta o acesso a inovações tecnológicas e pode resultar em sistemas obsoletos, limitando a competitividade no mercado.
Portanto, a migração para a nuvem permite que as healthtechs armazenem grandes volumes de dados de forma segura, flexível e escalável. As soluções em nuvem garantem que informações críticas, como prontuários eletrônicos e resultados de exames, possam ser acessadas em qualquer lugar e a qualquer momento, contribuindo para a colaboração entre diferentes profissionais de saúde e instituições.
8. Big Data e Inteligência de Dados
As healthtechs também estão transformando o setor de saúde com a aplicação de Big Data e Inteligência de Dados, proporcionando uma análise precisa de grandes volumes de informações.
Essas tecnologias permitem que as healthtechs processem e analisem dados de forma ágil, extraindo insights valiosos sobre o comportamento dos pacientes, eficácia de tratamentos e tendências epidemiológicas.
Um dos principais pontos do uso de Big Data e Inteligência de dados está na personalização do atendimento médico, já que a análise de grandes volumes de dados clínicos possibilita a identificação de padrões que ajudam a prever a resposta dos pacientes a determinados tratamentos.
O futuro das healthtechs depende da capacidade de utilizar o big data para entregar melhores resultados de saúde, mais rápido e com menor custo.
Como a Tecnocomp pode ajudar as healthtechs a crescer com eficiência
A saúde é um segmento que enfrenta desafios constantes, especialmente quando se trata de melhorar a eficiência operacional, assegurar a segurança dos dados dos pacientes e manter a competitividade em um mercado cada vez mais exigente.
A Tecnocomp entende essas necessidades e oferece soluções tecnológicas que não apenas resolvem problemas imediatos, mas também ajudam as empresas a alcançar resultados de longo prazo.
Somos reconhecidos por ter um portfólio de soluções de ponta voltadas para o setor de saúde, atendendo às necessidades de desempenho, segurança e conectividade nas operações.
Apoiamos o crescimento dos negócios por meio de serviços como migração para a nuvem, automação de processos robóticos (RPA) e cibersegurança. Essas soluções viabilizam a otimização do gerenciamento de dados e a segurança das informações dos pacientes, além de possibilitar a automação de processos administrativos que, tradicionalmente, consomem muito tempo e recursos.
Se a sua healthtech busca maior agilidade, segurança e eficiência, a Tecnocomp possui as soluções certas para garantir que seu negócio cresça de maneira sólida e competitiva. Acesse nosso site e conheça!
Resumindo
Qual o cenário atual das healthtechs no Brasil?
O Brasil ocupa uma posição de destaque no cenário de healthtechs da América Latina, concentrando 61,7% de todas as startups de saúde da região, segundo um relatório da Distrito. Ainda, cerca de 54% das healthtechs no Brasil atuam no modelo B2B, conforme dados da Liga Ventures.
Quais as tendências para healthtechs?
As principais tendências incluem: Inteligência Artificial, IoMT, medicina personalizada, cibersegurança, monitoramento remoto, RPA, migração para a nuvem e Big Data, que melhoram diagnósticos, eficiência e segurança.
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