Nas últimas décadas, o conceito de ESG (Environmental, Social and Governance) se consolidou como um dos pilares estratégicos para empresas comprometidas com crescimento sustentável e responsabilidade corporativa. No entanto, à medida que os desafios globais se tornam mais complexos, novas tecnologias têm assumido papel central na transformação dessas práticas. Entre elas, a inteligência artificial (IA) e a governança de dados despontam como forças decisivas para impulsionar avanços concretos em ESG, indo além do discurso e gerando resultados tangíveis. 

 

A pressão por transparência nunca foi tão alta 

De acordo com um estudo da PwC, 94% dos investidores acreditam que os fatores ESG devem ser incorporados à estratégia corporativa de longo prazo, enquanto 74% afirmam que se sentem mais confiantes em investir quando as empresas demonstram evidências claras de desempenho sustentável.  

Ao mesmo tempo, o comportamento do consumidor está se transformando. O levantamento revelou que 51% dos consumidores dizem que a sustentabilidade é mais importante hoje do que antes da pandemia, e 49% afirmam ter pago um valor adicional por produtos sustentáveis.  

Esse novo contexto aumenta a pressão sobre as empresas para se adaptarem, e é aqui que a IA e a governança de dados começam a fazer a diferença. 

 

Como a IA está transformando o pilar ambiental do ESG 

A IA tem desempenhado um papel crescente na redução da pegada ambiental das empresas. Ferramentas de machine learning e análise preditiva já estão sendo usadas para otimizar o uso de energia em data centers, prever falhas operacionais que causariam desperdício e até mesmo melhorar a cadeia de suprimentos, reduzindo emissões desnecessárias. 

A gigante Unilever, por exemplo, implementou algoritmos de IA para mapear sua cadeia global de fornecimento e reduzir emissões em tempo real, alcançando uma economia de milhões de dólares e avanços mensuráveis em sustentabilidade. 

Outro exemplo vem da Microsoft, com seu programa AI for Earth, que apoia projetos de monitoramento climático, biodiversidade e uso sustentável de recursos por meio de IA aplicada. 

 

Governança de dados: o alicerce da confiança 

A aplicação da IA só gera resultados consistentes quando sustentada por uma governança de dados sólida — especialmente no contexto ESG, que exige rastreabilidade, precisão e transparência. 

A ausência de governança pode comprometer a integridade dos indicadores ESG e gerar problemas legais ou reputacionais. Um exemplo prático é a importância de frameworks de governança para garantir que os algoritmos de IA não reforcem vieses em análises de impacto social, diversidade ou inclusão. 

Segundo relatório da Deloitte, empresas que adotam políticas robustas de governança de dados e compliance digital têm 44% mais chances de obter retorno positivo de projetos com IA voltados para ESG.  

Além disso, a governança é essencial para consolidar e analisar grandes volumes de dados ESG que, por natureza, são descentralizados, variados e, muitas vezes, difíceis de verificar sem uma estrutura confiável. 

 

Pilar social: IA a favor da inclusão e da ética 

No pilar “S” do ESG, a inteligência artificial tem sido aplicada em soluções voltadas à promoção da equidade. Um exemplo notável é o uso de IA em plataformas de recrutamento, que quando bem treinadas e auditadas, ajudam a reduzir vieses inconscientes e aumentar a diversidade nos processos seletivos. 

Na saúde pública, a IA também já mostra impacto social: o programa AI for Health, da Microsoft, foi criado para apoiar instituições que combatem doenças tropicais negligenciadas, promovem acesso a cuidados e atuam em crises globais como a pandemia.  

No Brasil, hospitais como o HCor já utilizam inteligência artificial para prever riscos cardiovasculares com maior precisão, melhorando a qualidade do atendimento e reduzindo desigualdades no acesso à saúde.  

 

Pilar de governança: decisões mais inteligentes, baseadas em dados 

Em relação ao pilar “G” — Governança — a IA também tem se mostrado uma aliada poderosa. A automação de auditorias, o monitoramento em tempo real de riscos e a detecção precoce de desvios de conduta são alguns exemplos de aplicação que ajudam empresas a se tornarem mais éticas e transparentes. 

Além disso, com a aplicação de tecnologias como NLP (Processamento de Linguagem Natural), conselhos e comitês executivos conseguem analisar grandes volumes de relatórios ESG, normativas e documentos regulatórios de forma ágil e segura, fortalecendo a conformidade. 

 

O desafio da maturidade digital 

Apesar das oportunidades, o uso de IA em ESG ainda enfrenta um grande desafio: a maturidade digital. Segundo pesquisas do mercado, apenas 33% das organizações que investem em ESG têm dados confiáveis o suficiente para suportar decisões baseadas em IA.  

Sem estrutura adequada de dados, políticas de governança, integração entre áreas e uma estratégia clara de TI, o potencial da IA pode ser desperdiçado — ou pior, gerar decisões mal-informadas. 

 

Por onde começar? 

O primeiro passo é fazer um diagnóstico da maturidade digital e dos dados disponíveis. A partir disso, é fundamental contar com parceiros especializados que atuem de forma integrada nas frentes de tecnologia, estratégia de dados, sustentabilidade e compliance. 

 

Tecnocomp: inovação com propósito 

Com mais de 40 anos de história, a Tecnocomp atua como uma das principais integradoras de TI do país, apoiando organizações na transformação digital com soluções de alta performance, governança e inteligência de dados. 

Por meio de uma estrutura robusta, com equipe técnica certificada, parcerias estratégicas e atuação nacional, a Tecnocomp entrega projetos de TI com agilidade, ética e foco total no sucesso do cliente. Em um cenário onde ESG é prioridade, contar com parceiros tecnológicos que unem inovação e propósito faz toda a diferença. 

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