Em 2023, foram registrados aproximadamente 161 bilhões de ataques cibernéticos em todo o mundo, esse número alarmante destaca a urgência do investimento em cibersegurança por parte das empresas. Isso vale principalmente para o mercado brasileiro, onde essa situação é ainda mais crítica, pois o país é o segundo mais visado por hackers.
Portanto, adotar medidas preventivas e de resposta rápida é o que vai garantir a segurança e integridade dos dados dos clientes e da organização, bem como a operabilidade ininterrupta em um ambiente digital cada vez mais vulnerável.
Sabendo dessa problemática, neste artigo, vamos apresentar os principais tipos de ataques, como prevenir os erros mais comuns que geram brechas nos sistemas e o papel da Tecnocomp para te ajudar nesse cenário de risco. Acompanhe!
Principais tipos de ataques cibernéticos
Os principais tipos de ataques cibernéticos são:
Malware
Malware (malicious software), ou software malicioso, é um tipo de programa criado especificamente para danificar, interromper ou obter acesso não autorizado a sistemas de computadores. Ele pode se manifestar de várias formas, como:
- Vírus: são programas que se anexam a arquivos legítimos e se espalham para outros arquivos e computadores, muitas vezes danificando dados e software no processo;
- Worms: diferente dos vírus, os worms não precisam de um arquivo host para se espalhar. Eles se replicam automaticamente através de redes, causando lentidão e interrupções;
- Trojans: disfarçados como software legítimo, os trojans enganam os usuários para que os instalem, permitindo que hackers obtenham acesso ao sistema afetado;
- Spyware: programas que monitoram as atividades dos usuários, coletando informações como senhas e dados pessoais, geralmente sem o conhecimento ou consentimento do usuário.
Ataque distribuído de negação de serviço (DDoS)
Um ataque distribuído de negação de serviço (DDoS) é um tipo de ataque cibernético onde múltiplos sistemas comprometidos, muitas vezes infectados com malware, são usados para inundar um servidor, site ou rede com um tráfego avassalador. O objetivo é sobrecarregar os recursos e a largura de banda do alvo, tornando-o indisponível para os usuários legítimos.
Em um DDoS, o tráfego malicioso vem de diversas fontes, o que torna difícil distinguir entre tráfego legítimo e malicioso e dificulta a mitigação do ataque.
Phishing
Phishing é outra técnica de ataque cibernético que utiliza a engenharia social para enganar os usuário, fazendo com eles revelem informações confidenciais, como senhas e dados bancários.
Os criminosos geralmente se disfarçam de entidades confiáveis em comunicações eletrônicas. Os ataques de phishing podem assumir várias formas, como:
- E-mails falsos: mensagens que parecem vir de uma instituição confiável, pedindo para você clicar em um link ou abrir um anexo;
- Sites fraudulentos: páginas web que imitam sites legítimos para enganar os usuários e roubar suas informações;
- Mensagens de texto (smishing): textos enviados para celulares com links maliciosos ou solicitações de informações pessoais.
Ataques de injeção SQL
Os ataques de injeção SQL são um tipo de ataque cibernético que manipula bancos de dados, através de vulnerabilidades em aplicações da web.
Ou seja, os invasores inserem ou “injetam” código SQL malicioso em campos de entrada para controlar ou acessar dados de forma indevida. Assim, esses ataques podem resultar em acesso não autorizado a informações confidenciais, corrupção de dados e até mesmo a tomada de controle total do sistema afetado.
Cross-site scripting (XSS)
Os ataques XSS, ou Cross-site Scripting, buscam por vulnerabilidades em sites, o que permite que os cibercriminosos injetem scripts maliciosos em páginas web vistas por outros usuários.
Além disso, esses scripts podem roubar informações de sessão, alterar a aparência do site ou redirecionar o usuário para sites fraudulentos.
Botnets
As botnets são redes de dispositivos conectados à internet que foram comprometidos por hackers para realizar atividades maliciosas. Esses dispositivos podem incluir computadores, servidores, smartphones, dispositivos IoT (Internet das Coisas) e até mesmo dispositivos de rede, como roteadores.
Essas redes de dispositivos comprometidos são controladas remotamente por um único indivíduo ou grupo, conhecido como o dono da botnet ou botmaster. As botnets são frequentemente usadas para uma variedade de atividades ilícitas, incluindo:
- Ataques de negação de serviço (DDoS);
- Envio de spams;
- Click fraud (fraude de cliques em anúncios online);
- Roubo de informações pessoais e bancárias;
- Mineração de criptomoedas;
- Espionagem.
Ransomware
Ransomware é um tipo de malware que sequestra os dados de um computador ou sistema, criptografando-os para torná-los inacessíveis ao usuário. Os atacantes então exigem um resgate (ransom) para fornecer a chave de descriptografia, prometendo devolver o acesso aos dados.
Esse ataque é particularmente devastador porque pode paralisar completamente o acesso a dados críticos, afetando tanto indivíduos quanto grandes organizações.
Principais erros na prevenção a ataques cibernéticos
A eficácia na prevenção de ataques cibernéticos pode não ser suficiente quando não se reconhece a amplitude dos riscos envolvidos. Afinal, a complexidade do cenário digital atual exige uma abordagem mais holística e que se integra à segurança.
Relatórios como o Cybersecurity: The 2023 Board Perspective, mostram que 60% dos CISOs acreditam que o erro humano é o maior risco cibernético. Esses dados destacam a importância da conscientização em todos os níveis organizacionais.
Sabendo disso, confira a seguir os principais erros na prevenção a ataques cibernéticos.
Falta de visibilidade dos dados
A invisibilidade dos dados é um erro crítico comum na prevenção de ataques cibernéticos. Sem uma visão clara do fluxo de informações, as empresas ficam vulneráveis a violações inadvertidas de segurança.
Além do mais, a falta de visibilidade pode impedir a detecção precoce de atividades suspeitas, fazendo com que esses ataques cresçam sem sequer serem detectados.
Portanto, empresas devem investir em sistemas de monitoramento e análise de dados que proporcionem transparência e permitam uma resposta rápida a ameaças em potencial.
Ignorar a importância de medidas preventivas
Ignorar a importância de medidas preventivas é outro erro grave na luta contra os ataques cibernéticos. Afinal, a ausência de backups regulares, planos de contingência e outras estratégias de resiliência pode fazer com que as empresas fiquem em uma posição vulnerável em um incidente de segurança.
Sem esses cuidados, um único ataque pode resultar em perdas irreparáveis de dados e interrupções extensas das operações. E isso deixa ainda mais clara a necessidade de incorporar práticas de prevenção no cerne da infraestrutura de segurança cibernética.
Não realizar atualização dos softwares
A falta de atualizações em softwares faz com que a organização fique vulnerável a ataques, pois a ausência de patches de segurança atuais facilita a infiltração e o comprometimento dos sistemas.
Ou seja, é necessário que as empresas mantenham uma rotina rigorosa de atualizações para assegurar que todas as aplicações e sistemas operacionais estejam em segurança contra as últimas ameaças.
Não contar com parceiros estratégicos e especialistas
Não contar com parceiros estratégicos e especialistas é mais um erro crítico na proteção contra os ataques cibernéticos.
Afinal de contas, a colaboração com profissionais qualificados e empresas especializadas em segurança cibernética une a experiência e os recursos necessários para lidar com as ameaças mais sofisticadas e emergentes, oferecendo soluções atualizadas e personalizadas que uma equipe interna pode não conseguir implementar sozinha.
A falta dessa parceria deixa lacunas no conhecimento e na capacidade de resposta rápida.
Como realizar a prevenção de ataques cibernéticos de forma eficiente
A seguir, saiba como realizar a prevenção de ataques cibernéticos de forma eficiente, explorando várias estratégias e práticas recomendadas que fortalecerão a segurança da sua organização:
Avaliação de risco e planejamento
A avaliação de risco e o planejamento estratégico é o primeiro passo para identificar e prever potenciais vulnerabilidades e ameaças.
Essa ação envolve o mapeamento dos ativos valiosos, como dados de clientes, e as possíveis ameaças, os hackers. Pense nisso como um check-up de saúde para sua infraestrutura digital.
Somente com uma avaliação e planejamento detalhado as empresas podem estabelecer protocolos de segurança que façam sentido e funcionem rapidamente em qualquer cenário adverso.
Controles de acesso
Os controles de acesso ajudam a proteger os ativos da sua empresa ao limitar quem pode acessar informações e sistemas sensíveis. Implementar controles de acesso robustos é como ter várias fechaduras em portas importantes, garantindo que apenas pessoas autorizadas possam entrar. Para garantir que sua empresa esteja segura, considere as seguintes práticas:
- Autenticação multifator (MFA): MFA adiciona uma camada extra de segurança, exigindo que os usuários verifiquem suas identidades com mais de uma credencial, como senha e um código enviado ao celular;
- Controle de acesso baseado em funções (RBAC): defina permissões com base nas funções dos funcionários dentro da empresa. Por exemplo, um funcionário do departamento financeiro terá acesso diferente de alguém do TI;
- Monitoramento e revisão: monitore regularmente os acessos e revise as permissões. Remova acessos de funcionários que saíram da empresa ou mudaram de função.
Proteção contra malware e ransomware
Implementar soluções de segurança como antivírus, firewalls e sistemas de detecção de intrusão são passos fundamentais para garantir a proteção contra malware e ransomware.
Essas medidas podem detectar e remover softwares maliciosos, além de também garantir a recuperação de dados no caso de um ataque, mantendo a integridade e a continuidade operacional da empresa.
Patches de segurança
Patches de segurança são atualizações lançadas por fornecedores de software para corrigir vulnerabilidades conhecidas. Sua importância se dá a partir do fato que as vulnerabilidades em softwares são frequentemente descobertas, e os cibercriminosos estão sempre à procura de maneiras de explorá-las.
Quando um fornecedor descobre uma falha de segurança, eles lançam um patch para corrigir o problema. Aplicar esses patches prontamente é o que vai impedir que essas falhas sejam aproveitadas, lembrando que, de primeiro momento, o ideal é priorizar os patches mais críticos, pois nem todos têm a mesma urgência.
Backup e recuperação de desastres
Backups regulares e um plano sólido de recuperação de desastres são práticas que deixam a empresa imune mesmo no caso de um ataque bem-sucedido, com a continuidade dos negócios funcionando normalmente.
Essas ações trarão a resistência necessária para enfrentar qualquer adversidade, minimizando o tempo de inatividade e protegendo contra a perda de dados importantes.
Treinamento contínuo das equipes
A capacitação constante dos colaboradores eleva a conscientização sobre as ameaças digitais e reforça as melhores práticas de segurança. Sendo assim, programas de educação regulares e simulações de ataques ajudam a manter a equipe alerta e preparada para identificar e responder a ataques cibernéticos.
Gerenciamento de incidentes e planejamento de resposta
O gerenciamento de incidentes e o planejamento de resposta também são de extrema importância para a prevenção e mitigação de ataques cibernéticos. Para isso, é necessário:
- Criar uma equipe de resposta a incidentes (IRT): responsável por gerenciar e responder a incidentes de segurança. Essa equipe deve incluir membros de TI, segurança, comunicação e gestão executiva;
- Desenvolver um plano de resposta a incidentes (IRP): plano detalhado que descreve as etapas a serem seguidas quando um incidente ocorrer. Isso deve incluir procedimentos para identificação, contenção, erradicação, recuperação e análise pós-incidente;
- Ter uma comunicação clara: estabeleça canais de comunicação eficientes para notificar rapidamente todas as partes relevantes dentro da empresa, bem como partes externas, se necessário, como clientes, parceiros e autoridades reguladoras.
Compliance, segurança e governança
Por fim, compliance, segurança e governança formam a espinha dorsal de uma estratégia completa contra ataques cibernéticos. Isso porque a conformidade com normas e regulamentos garante que as práticas de segurança estejam alinhadas com os padrões reconhecidos e leis vigentes.
A governança, por sua vez, atribui políticas e responsabilidades claras aos diversos departamentos e indivíduos dentro da empresa, desde a alta administração até os colaboradores do dia a dia. Isso envolve a definição de papéis específicos, a alocação de recursos adequados e a criação de processos para monitorar e garantir a conformidade contínua com as políticas de segurança.
Já a segurança entra como componente operacional da governança, assumindo a tarefa de implementar as medidas técnicas necessárias para proteger os sistemas, redes e dados da organização contra os ataques cibernéticos. As medidas incluem: configuração de firewalls, aplicação de políticas de acesso, a criptografia de dados sensíveis, a implementação de sistemas de detecção de intrusões, entre outros.
Como a Tecnocomp pode ajudar?
A Tecnocomp é especialista em fortalecer a segurança digital das empresas. Com soluções personalizadas, ajudamos a identificar vulnerabilidades, implementar sistemas de proteção avançados e oferecer treinamento especializado para equipes.
Nosso suporte abrange desde a avaliação de riscos até o desenvolvimento de planos de resposta a incidentes, o que garante que as empresas estejam preparadas para enfrentar e mitigar ataques cibernéticos com eficiência e agilidade. Acesse o site da Tecnocomp e conheça mais sobre nossas soluções!
Em resumo
O que é um ataque cibernético?
Um ataque cibernético é uma tentativa maliciosa de comprometer sistemas, redes ou dispositivos para roubar, adulterar ou destruir dados, ou interromper operações normais.
Quais são os principais tipos de ataques cibernéticos?
- Malware;
- Ataque distribuído de negação de serviço (DDoS);
- Phishing;
- Ataques de injeção SQL;
- Cross-site scripting (XSS);
- Botnets;
- Ransomware.
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